As manifestações prosseguem, sem data e hora para acabar. “Do jeito que está não dá mais para trabalhar. O governo federal aumentou o valor do diesel, no entanto, o frete está baixo demais. Não conseguimos mais pagar nossas contas. Não bastasse isso, as condições para manter a atividade são péssimas”, argumenta o caminhoneiro Mauro Azevedo da Silva.
AdesãoA cada hora que passa, o movimento ganha adesão de mais caminhoneiros revoltados com a situação nacional. A BR-163 foi escolhida como ponto crucial da manifestação pelas péssimas condições que geram riscos aos motoristas e pelo movimento. A rodovia é a principal ligação rodoviária para o transporte de cargas entre o Sul e o Norte do País.
“Estamos pedindo para todos os caminhoneiros aderirem a manifestação. Estamos em audiência e assim que tivermos uma posição poderemos deflagrar greve em todo o País”, diz Idair parizotto, secretário geral do Sindicato dos Caminhoneiros na região de Francisco Beltrão, que compreende 44 cidades do sudoeste paranaense.
A categoria exige que o pagamento pelo frete seja feito por quilômetro rodado e não mais o valor total. “O custo está muito além do que recebemos”, finaliza Silva.
Falhas da legislação impedem trabalho
Em vigor há três anos, a Lei do Caminhoneiro é um entrave. Embora o Congresso Nacional tenha aprovado esta semana a ampliação da carga-horária para os trabalhadores, ainda falta a sanção da presidente Dilma Rousseff. O texto que substituirá a Lei do Caminhoneiro permite a jornada de oito horas, com duas horas-extras, que poderá aumentar para até quatro horas-extras, conforme acordo coletivo ou convenção da categoria.
A dificuldade, segundo o caminhoneiro Mauro Azevedo da Silva, é encontrar lugares para estacionar e dormir. “Os postos de combustíveis não têm lugar para parar. Quando tem estacionamento, temos que abastecer ou pagar. O banho chega custar R$ 7. Não temos estradas para rodar e o preço do combustível é abusivo”.
Fonte: O Paraná
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