quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

AGUARDANDO LIBERAÇÃO

AGUARDANDO LIBERAÇÃO PARA CARREGAR EM JUNDIAÍ SP, PARA IPOJUCA PE,  ULTIMA CARGA DO ANO E COMEÇAR ANO PELAS ESTRADAS,  

domingo, 2 de dezembro de 2012

MAIS UM MEIO DE TRANSPORTES


Fabricante de dirigíveis vai investir R$ 1 bilhão e gerar 500 empregos


A empresa Airship do Brasil, de São Carlos, prepara para 2016, a inauguração de uma fábrica de dirigíveis para transporte de cargas. Para tanto, a companhia pretende investir R$ 1 bilhão e deve gerar cerca de 500 empregos. Assim, o pólo aeronáutico ganhará da Região Central Paulista ficará ainda mais forte com um veículo para transporte hoje inexistente no mundo.
O primeiro protótipo deverá ser apresentado em 2015 para que, no ano seguinte, se inicie a produção em série. A nave deverá ter 120 metros de comprimento por 50 metros de diâmetro. Voando, será algo como um campo de futebol flutuante.  
Um dirigível é, por definição, um veículo que se desloca no ar, sustentado por um gás mais leve do que ele e equipado com motores de propulsão e mecanismos de controle. O gás de sustentação é usualmente o hélio, mas pode ser também o hidrogênio, o ar aquecido (normalmente usado em balões) e mesmo o vapor de água.
0s dois principais tipos de dirigíveis são o não rígido (ou flexível) e o rígido. O não rígido (“blimp”) colapsa quando o gás é removido. A nacele é suportada por cabos presos no topo do envelope que tem a forma aproximada de um charuto. O “Goodyear” é um exemplo famoso de dirigível não rígido.
O projeto é tão revolucionário que nos próximos anos a Airship terá que firmar parcerias com órgãos educacionais para a formação da mão-de-obra que hoje não existe no Brasil.
A implantação da unidade produtiva em São Carlos depende da viabilidade da aquisição de uma grande área de terra no município. Atualmente um imóvel de dimensão necessária para a Airship construir as aeronaves está muito caro.
O dirigível projetado pela Airship terá estrutura de compostos, como fibra de vidro e fibra de carbono, deve pesar 30 toneladas e terá capacidade de transportar peso equivalente a isso. O veículo utilizará gás hélio e não gás hidrogênio, como foi utilizado na Alemanha, na primeira metade do Século XX.
O novo tipo de aeronave terá capacidade de voar atingido até 150 quilômetros por hora. Assim, ele poderá fazer 8 viagens transportando produtos enquanto um caminhão com carroceria de 15 metros faz uma. Para se ter uma idéia da diferença, enquanto o transporte rodoviário leva 15 dias para vencer a distância entre São Paulo e Manas, o dirigível terá condições de fazer o mesmo percurso em apenas um dia.
À frente deste ousado projeto está Pedro Garcia, que está se formando engenheiro aeronáutico. Com apenas 28 alunos, o aluno da USP tem uma verdadeira paixão pelos dirigíveis. Ele afirma que os gargalos de infraestrutura existentes no Brasil justificam os projetos da Airship. “Quando falamos em 2015, 2016, alguns podem torcer o nariz. Mas não existe projeto aeronáutico a curto prazo”.
Para que os dirigíveis levantem voo, o Congresso Nacional e a ANAC (Agência Nacional de Aviação) terão que preparar legislações específicas. A ANAC vem acompanhando os planos da Airship desde as suas fases iniciais.
A empresa é resultado da união de dois sócios – a empresa de engenharia Engevix, de São Paulo, e a TBL (Transporte Bertolini Logística), de Bento Gonçalves (RS). O objetivo inicial é atender o Brasil, mas os dirigíveis poderão ser exportados num segundo momento para países que têm os mesmos problemas de logística, como no Continente Africano, India, China e outros.
Garcia conta que a Airship entrou em sua vida por acaso. Ele estava na USP e precisava de uma carona até o terminal rodoviário para pegar um ônibus. Seu professor não podia levá-lo e repassou o compromisso a um amigo, que trabalhava na Airship. “Foi aí que a empresa entrou na minha vida, de forma totalmente inesperada”.
O desafio é muito grande, concorda Garcia. “Todas as empresas em diferentes lugares do mundo que tentaram algo semelhante, fracassaram. Mas ele revela que a sua obstinação é gigantesca como a aeronave que projeta. “Quando você olha para algo com 120 metros de comprimento e 50 de diâmetro, seu cérebro já diz que isso não pode sair do chão de forma alguma, porque contraria a natureza. E o que me move é isso: o desejo de desafiar a natureza