Além de produtores e agroindústrias, Ana Amélia lembrou que os bloqueios também afetam o fornecimento de alimentos nas cidades e causam elevação do preço de produtos como legumes e verduras, por conta das perdas decorrentes dos atrasos no transporte.
Para o senador Rubem Figueiró (PSDB-MS), as manifestações são justas, uma vez que os caminhoneiros não conseguem arcar com os altos custos do transporte. Para o parlamentar, o governo, ao invés de reprimir e ameaçar manifestantes, deveria ouvir as demandas dos caminhoneiros.
– A posição do governo deveria ser a mesma que tem mantido com outros setores que se manifestam, deveria conhecer as razões da sua revolta, da sua paralisação e resolver o problema, da forma mais razoável possível – disse.
Já Sérgio Souza (PMDB-PR) apontou deficiências da infraestrutura de transporte como causa dos altos custos para o escoamento da safra agrícola e um dos limitantes ao avanço das atividades produtivas. Conforme observou, o país sofre as consequências da falta de investimentos em ferrovias, resultando em grande dependência do transporte rodoviário.
– Tínhamos mais ferrovias no tempo do Barão de Mauá do que temos hoje – disse Sérgio Souza. Para ele, as deficiências de infraestrutura reduzem a competitividade do produto brasileiro.
Estradas vicinais
Na presidência da reunião desta quinta-feira, Acir Gurgacz apresentou sugestão para a melhoria de estradas vicinais. O senador sugere a integração de esforços de municípios, estados e governo federal, para viabilizar melhorias como o asfaltamento das vias dentro dos municípios.
Em apoio à proposta, Rubem Figueiró lembrou as condições precárias da maioria das estradas vicinais no país, que ele chamou de “estradas boiadeiras” e disse estarem aquém das necessidades dos produtores rurais.
Fonte: Agência Senado
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